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Preço do milho deve subir ainda mais, diz consultoria
07/03/2018 09:28 em Notícia

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

O mercado brasileiro de milho ainda denota lentidão, com diversos consumidores pressionados no país, com estoques bastante encurtados. Cerealistas e cooperativas seguem optando pela retenção do milho neste momento.

Ao menos no curto prazo, a dinâmica altista permanece no mercado do milho. De maneira geral, o atraso de plantio do milho em praticamente todas as regiões produtoras deu fôlego para que os produtores negociem os estoques da safra passada, por conta do consequente atraso de colheita.

De acordo com a XP Investimentos, o período sem ofertas consistentes ainda deve durar a até segunda quinzena de marco e início de abril, depois disto, a escassez de chuva e o clima mais seco deverão impulsionar as colheitas locais.

Diante do vazio, intermediários também elevam suas pedidas, para não trabalhar descasados, e os compradores que possuem necessidade imediata acabam cedendo nas negociações. Por conta disso, novas máximas vão sendo registradas dia após dia, embora feitas com quantidades consideradas pequenas. Os lotes pequenos refletem a relutância dos compradores de continuar pagando valores maiores pela saca, que procuram assiduamente alternativas que limitem novas altas. 

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial encerrou a terça em queda pelo terceiro dia seguido, recuando 1,16% no pregão à vista, a R$ 3,211, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A diminuição dos receios no exterior com uma guerra comercial provocada pelos Estados Unidos também influenciou o câmbio.

"A moeda foi ajudada pela decisão do STJ. Com o Lula podendo ficar fora das eleições o cenário eleitoral muda bastante. O mercado considera que Lula é um candidato populista e que não colocará em ordem as contas públicas", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Os ministros do STJ votaram de forma unânime contra o habeas corpus a Lula. A decisão abre espaço para que o ex-presidente seja preso após o julgamento de todos os recursos na segunda instância. Investidores esperavam que o STJ rejeitasse o apelo do petista, mas a confirmação da expectativa - e o potencial impacto da decisão do tribunal sobre a candidatura do ex-presidente - deu maior fôlego para a moeda cair mais.

No exterior, o dólar também perdeu força após congressistas do mesmo partido de Donald Trump discordarem publicamente da decisão do presidente dos Estados Unidos de taxar as importações de aço e alumínio no país. A perspectiva é de que a Casa Branca possa diluir as medidas para apaziguar os ânimos.

Para os próximos dias, agentes acreditam que o dólar ainda pode refletir a decisão do STJ e se aproximar de R$ 3,20, embora o movimento da moeda também dependa do exterior. "Quando Lula foi condenado já houve um ajuste e melhora de ativos em função disso, mas acho que o mercado tende a novamente ter um período um pouco mais positivo com a decisão e com Lula ainda mais longe da disputa presidencial", acredita o analista da Rio Gestão, Bernard Gonin. 

O Ibovespa encerrou com queda de 0,43%, aos 85.653 pontos. O volume negociado foi de R$ 10,973 bilhões

Soja

O mercado interno de soja teve uma sessão pouco agitada nas diversas praças de negócios do país. Em dia de ajustes negativos em Chicago e no câmbio, apenas negócios pontuais foram registrados, sem grandes movimentações. 

Os contratos futuros passaram por um dia de realização de lucros, enquanto o dólar perdeu força frente ao real e a outras moedas mundiais. Apesar dos ajustes, as cotações praticadas internamente oscilaram de forma mista.

Boi

O mercado brasileiro de carne bovina teve preços mistos nesta terça-feira. O escoamento da carne não vai bem, aliás, nem a virada de mês foi suficiente para sustentar a arroba do boi gordo até agora. Por outro lado, a oferta não está abundante e também há resistência por parte dos pecuaristas em entregar as boiadas com preços abaixo da referência. 

Diante desse cenário, todo o mercado está sem viés definido. Em algumas praças, a oferta restrita fala um pouco mais alto e as indústrias são obrigadas a ofertar preços acima da referência, como consequência as cotações se elevam. 

Já em outras regiões, quem dita o rumo das cotações é o lento escoamento, e nesse caso as indústrias ofertam preços abaixo da referência, puxando as cotações da arroba do boi gordo para baixo. 

As recentes referências do milho, que dispararam na última quinzena, pesando sobre os custos, deve ser fator de atenção. Além disto, a volta das investigações da Polícia Federal com a Operação Trapaça deve trazer modificações de cenário para as empresas de proteína animal, seja direta ou indiretamente. 

Por parte dos colaboradores internos, existe um forte receio que novas suspensões nas exportações de frango retornem as empresas brasileiras, prejudicando, indiretamente, a carne bovina no mercado interno. Vale lembrar que os níveis de competitividade da carne bovina com o frango já eram os menores dos últimos 8 anos antes mesmo do evento e, desta maneira, podem ficar ainda piores. 

Previsão do tempo

Sul

Com a formação de um sistema conhecido pelos meteorologistas como cavado, as nuvens mais carregadas se formam desde a serra gaúcha até o Paraná, no entanto, as pancadas ocorrem de forma rápida e isolada. 

Por outro lado, na maior parte do Rio Grande do Sul e faixa oeste entre Santa Catarina e Paraná, uma massa de ar seco atua e mantém o tempo firme ao longo do dia.

Sudeste

A frente fria avança em direção ao oceano nesta quarta-feira, mas a formação de uma nova área de instabilidade no alto da atmosfera, mantém as nuvens carregadas sobre todo o Sudeste. 

As pancadas de chuva ocorrem principalmente a partir da tarde e com acumulados bastante expressivos no leste mineiro, onde não se descarta o risco para temporais devido aos ventos fortes que sopram contra a costa da região.

Centro-Oeste

Uma área de instabilidade se forma na divisa entre o Mato Grosso e o sul de Goiás, auxiliando na formação de nuvens mais carregadas, que consequentemente causam pancadas de chuva em toda a região central, especialmente no leste mato-grossense e no centro-norte de Goiás, onde chove com maior intensidade.

Nordeste

No Nordeste, a formação de uma área de baixa pressão atmosférica afastada no oceano e também uma área de instabilidade no alto da atmosfera causam pancadas de chuva em toda a região. 

Os maiores volumes acumulados se concentram na metade sul do estado da Bahia devido a aproximação da frente fria que avança pelo litoral. Além disso, a Zona de Convergência Intertropical causa chuva e ventos fortes no Ceará.

Norte

A quarta-feira será mais um dia com nebulosidade e pancadas de chuva a qualquer hora em toda a região Norte. Os maiores volumes de chuva ainda seguem concentrados no interior do Amazonas, o que pode aumentar a chance de transbordamento dos rios nessas áreas.

Fonte: Canal RUral

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