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Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado
04/12/2017 11:01 em Notícia

Soja

Os contratos da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira, dia 1º, em alta para o grão. A alta do petróleo e a queda do dólar garantiram a subida da cotação e zerando as perdas acumuladas ao longo da semana.

A elevação do petróleo trouxe recursos para as commodities em geral. Já a queda do dólar deu competitividade aos produtos de exportação americanos. Para completar o cenário positivo, há previsão de clima seco na Argentina, que poderia prejudicar o plantio e comprometer o potencial produtivo naquela país.

Segundo o Ministério da Agroindústria da Argentina, a semeadura da soja na safra 2017/2018 somava em 48% até o dia 30 de novembro. Na semana anterior o plantio estava em 41%. No mesmo período do ano passado os trabalhos de campo atingiam 50%.

Aqui no Brasil, o mercado teve um dia de poucos negócios e preços estáveis nos portos e com pequenas quedas em municípios mais distantes. A razão para isso foi a queda do dólar, que mesmo com a alta registrada na Bolsa de Chicago, atrapalhou os preços por aqui.

Em relação ao plantio, a consultoria Safras & Mercado indicou que até o dia 1º de dezembro, 90,5% da área já estava semeada. Na semana anterior, o plantio era de 81,1%. Em igual período do ano passado, a semeadura estava em 91,4%. A média para o período é de 89%. 

Milho

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fechou a sexta-feira com preços mais altos para o milho. O mercado registrou a terceira sessão consecutiva de alta, com a previsão de estresse hídrico na Argentina. Na semana, o contrato março acumulou alta de 1,06%.

Apesar da previsão de chuvas favoráveis sobre parte das lavouras de milho da Argentina, a expectativa ainda é de seca por volta da metade de dezembro. Outra notícia positiva aos preços foi a venda de 130 mil toneladas de trigo norte-americano a destinos desconhecidos, conforme o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Apesar disso, a conclusão da colheita de milho no meio-oeste americano segue como grande fator de baixa, a safra cheia segue pressionando os preços locais. De modo geral, o foco permanece no clima na América do Sul, com ênfase na Argentina. Restam poucos detalhes para a confirmação do fenômeno La Niña, que sem dúvida produz incertezas acerca do volume produzido na Argentina e no Sul do Brasil. Esse quadro tende a produzir instabilidades na Bolsa de Chicago durante as próximas semanas.

Aqui no Brasil, não houve registro de negócios relevantes. Os produtores e cooperativas seguem retraídos, avaliando as melhores estratégias a serem adotadas nos próximos dias. É importante ressaltar que os principais consumidores do país se deparam com estoques confortavelmente posicionados. Alguns consumidores de menor porte buscam agilizar as negociações considerando a maior dificuldade em conseguir transportar o milho na segunda quinzena de dezembro.

Café

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) encerrou as operações da sexta-feira para o café arábica com preços mais altos. O mercado acompanhou os ganhos de outras commodities, em particular o petróleo. O dólar mais fraco em relação ao real foi outro fator de suporte às cotações futuras do café, já que é um fator que desestimula as exportações do maior produtor mundial.

Na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres, o preço do café conilon encerrou o dia com cotações modestamente mais altas. Os preços subiram acompanhando a valorização do arábica na Bolsa de Nova York e devido à correção técnica após uma forte queda registrada na sessão da quinta-feira. 

Colaboraram ainda para o desempenho positivo dos futuros do café robusta os 

ganhos do petróleo e a desvalorização do dólar frente a moeda brasileira.

No Brasil, o dia foi de poucos negócios e preços praticamente estáveis.

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a sexta-feira com queda de 0,42%, cotado a R$ 3,257 para a venda, influenciado pela venda de US$ 700 milhões em contratos de swap cambial feita pelo Banco Central (BC) e pela afirmação do ex-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Michael Flynn, de que Donald Trump sabia sobre as suas comunicações com a Rússia, fato que foi negado algumas vezes pelo presidente norte-americano.

 "O anúncio dos leilões pelo BC, a captação de US$ 1 bilhão de bônus pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e, mais para o final do dia, a afirmação de Flynn, fizeram a divisa norte-americana perder valor ante o real", comentou o operador de câmbio da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva 

Filho.

 De acordo com o economista-chefe da Infinity Corretora, Jason Vieira, a notícia de Flynn derrubou o dólar com força e nem as indicações de votação da reforma tributária no Senado do país conseguiram fazer a moeda norte-americana se recuperar.

 Na semana, no entanto, o dólar acumulou alta de 0,74% ante o real, movimentação que pode continuar na semana que vem, caso o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deixe a votação da reforma tributária para meados deste mês.

O Ibovespa encerrou com alta de 0,41%, aos 72.264 pontos. O volume negociado foi de R$ 7,743 bilhões.

Boi

O mercado físico do boi gordo teve preços mais altos em muitas praças de comercialização nesta sexta-feira. O viés de alta deve se acentuar na primeira quinzena deste mês, período que marca tradicionalmente o ápice do consumo no ano. Ao mesmo tempo, a oferta de animais terminados segue bastante restrita, o 

que aumenta a propensão de reajustes nos preços.

 Nos últimos trinta dias, a arroba do boi gordo subiu 7,8% na região de Goiânia (GO) e 6,2% no sul do estado. A escala de abate atende três dias. 

Com relação ao consumo de carne bovina, o quadro está positivo. O mercado atacadista teve preços de estáveis a mais altos. A tendência é por uma demanda bastante aquecida durante a primeira metade do mês.

Previsão do tempo

Sul

Nesta segunda-feira, dia 4, a umidade proveniente da Amazônia aliada a uma áreas de baixa pressão no Paraguai, ainda alimentam áreas de instabilidade sobre os três estados da região. Os maiores volumes ocorrem no Paraná, mas ainda sem grandes riscos para transtornos. 

No Rio Grande do Sul, a chuva ocorre, na maior parte do estado, alternada com períodos de sol. Apenas na fronteira oeste gaúcha que o tempo fica firme o dia todo.

Sudeste

Novamente a chuva se espalha em forma de pancadas em todas as áreas do Sudeste, com destaque para Minas Gerais, estado que recebe o maior volume de água da região e com grande risco para transtornos. 

No Espírito Santo, a chuva é generalizada e também com elevados volumes acumulados. Entre o litoral paulista e a região metropolitana de São Paulo, ventos que sopram do mar mantêm o tempo mais nublado e com chuva, em forma de pancadas rápidas e isoladas.

Em Varginha (MG), por exemplo, já choveu em 24 horas 95 milímetros. Este foi o maior volume de chuva em 19 anos.

Centro-Oeste

A chuva aumenta ainda mais no Centro-Oeste, principalmente no oeste da região e também em áreas centrais de Goiás. O alerta de granizo e tempestades continua em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e o risco para transtornos é em praticamente toda a região.

Nordeste

Nesta segunda-feira, a chuva diminui no Nordeste e segue ocorrendo de maneira mais moderada na metade sul da Bahia. Também há maior nebulosidade e chuva fraca no litoral, entre Pernambuco e Rio Grande do Norte. Nas outras áreas, o tempo segue firme e quente.

Norte

A chuva segue concentrada na metade sul da região, com especial atenção entre Rondônia, Amazonas, Pará e Tocantins, onde há previsão para chuva forte. O tempo segue firme e bastante quente entre Roraima e o centro-norte do Pará.

Fonte: Canal Rural

 

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