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Cotação soja, milho, Dólar, previsão do tempo e outros
27/10/2017 09:23 em Notícia

Soja

Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em baixa nesta quinta-feira, 26. O mercado iniciou o dia em alta, sustentado pela boa demanda pelo produto americano, mas perdeu terreno na parte da tarde, diante da perspectiva de ampla oferta mundial.

A colheita entra na reta final nos Estados Unidos e uma nova safra recorde, próxima de 120 milhões de toneladas, deve ser confirmada. No Brasil, os boletins meteorológicos apontam chuvas, favorecendo a evolução do plantio.

O bom resultado dos embarques americanos da oleaginosa, no entanto, limitou as perdas. As exportações líquidas de soja dos Estados Unidos, referentes à temporada 2017/2018, com início em 1 de setembro, ficaram em 2,1 milhões toneladas na semana encerrada em 19 de outubro. Analistas esperavam algo em torno de 1,2 milhão e 1,8 milhão de toneladas. A China liderou as compras, com 1,5 milhão de toneladas.

Segundo a consultoria AgResource, o país asiático ainda não comprou toda a soja necessária para o esmagamento de novembro, e novas importações ainda podem ser adicionadas no curto-prazo.

No Brasil, os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais altos nesta quinta-feira nas principais praças do país. A forte alta do dólar, que fechou a R$ 3,286, garantiu a sustentação das cotações. Houve registro de vendas envolvendo cerca de 50 mil toneladas no Rio Grande do Sul, 10 mil em Mato Grosso, outras 10 mil na Bahia e 5 mil toneladas em Mato Grosso do Sul.

De acordo com a Brandalizze Consulting, teve negócio que ficou entre R$ 75 e R$ 77 nos portos para a safra nova. Para os meses mais curtos ou em cima da colheita, de março e abril, se pagava os menores níveis e os maiores estavam sendo fechados para junho e julho.

 

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou em alta de 1,2%, cotado a R$ 3,286 para venda, voltando ao maior patamar desde julho deste ano. O movimento da moeda acontece após o placar de votos a favor do arquivamento do segundo processo contra o presidente Michel Temer ter sido apertado em comparação com o da primeira. O câmbio também seguiu o movimento externo, com a manutenção de compra de ativos por parte do Banco Central Europeu (BCE).

Para o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, o placar de 251 votos a favor de Temer, menor do que os 263 votos na última votação, colocam em cheque o poder do governo para discutir a reforma da Previdência com os deputados. "A votação foi muito apertada, isso deixa um pouco de dúvida quanto à governabilidade do Temer", afirmou.

Para esta sexta-feira, dia 27, Galhardo vê o dólar oscilando próximo aos R$ 3,30, ainda refletindo o momento de cautela por parte dos investidores. Os dados preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos do terceiro trimestre podem influenciar a moeda, acelerando sua alta, caso o indicador suba acima do esperado, de 1,8%. 

O Ibovespa encerrou com queda de 1,01%, aos 75.896 pontos. O volume negociado foi de R$ 8,460 bilhões.

 

Milho

A Bolsa de Chicago para o milho registrou preços mais baixos. Apesar do bom volume exportado pelos Estados Unidos, fator que garantiu suporte aos preços mais cedo, o mercado reverteu e fechou em baixa em meio ao bom avanço da colheita de milho nos Estados Unidos. 

As vendas líquidas norte-americanas do cereal para a temporada comercial 2017/2018, que tem início no dia 1º de setembro, ficaram em 1,2 milhão de toneladas na semana encerrada em 19 de outubro. 

Para a temporada 2018/2019, foram mais 96,8 mil toneladas. Os analistas esperavam de 800 mil a 1,4 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

No mercado interno, os negócios no físico seguem apresentando lentidão. Entretanto as negociações envolvendo milho segunda safra de 2018 apresentaram melhor fluidez. A opção em negociar soja segue recorrente por boa parte dos produtores e cooperativas

 

Café

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações da quinta-feira com preços moderadamente mais altos. As cotações avançaram em uma sessão volátil, em que o mercado teve perdas também em parte do dia, diante de fatores técnicos.

Quando recua, o mercado vem testando suportes e vai encontrando sustentação. Por outro lado, segue a dificuldade de subidas mais fortes ao bater em resistências. Fatores técnicos e gráficos predominaram na sessão. O dólar firme contra o real e outras moedas foi fator baixista.

No mercado brasileiro, o dia foi de preços estáveis. As negociações seguiram um ritmo moroso, com a comercialização estando mais ativa para os cafés mais fracos de qualidade. Cafés de melhor qualidade mantêm negociações apenas pontuais.

 

Boi

O mercado físico do boi gordo apresentou testes sobre os preços de balcão no decorrer desta quinta-feira. O lento escoamento da carne oferece respaldo a esse tipo de estratégia. Os frigoríficos ainda se deparam com escalas de abate confortavelmente posicionadas, entre quatro e cinco dias úteis. 

No mercado atacadista, os preços ficaram acomodados. A expetativa é que a dinâmica mercadológica mude durante a primeira quinzena de novembro, considerando o repique de consumo.

Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba em São Paulo já caiu 1,4% nos últimos sete dias.

 

Previsão do tempo

A sexta-feira é marcada por pancadas de chuva desde a região Norte até parte do litoral gaúcho e de São Paulo. Os maiores volumes de água foram registrados nos municípios dos estados de São Paulo e do Paraná. 

Na madrugada desta quinta-feira, houve registro de granizo em São Miguel Arcanjo (SP), com plantações de pepino e tomate sendo afetadas.

Sul

A chuva avança pelo Paraná e os temporais se concentram na metade norte do estado. Há risco para queda de granizo, trovoadas e rajadas de vento de moderada a forte intensidade, além do elevado volume de chuva nestas áreas, o que aumenta o potencial para transtornos. 

Nas outras regiões do Sul, a chuva ocorre de maneira mais isolada e com menor intensidade, mas não se descartam as condições para rajadas de vento, que podem ultrapassar os 75 quilômetros por hora. Por causa do aumento das instabilidades, as temperaturas devem cair um pouco, tanto no amanhecer como no período da tarde.

Sudeste

O risco para temporais aumenta no interior de São Paulo. Áreas de instabilidade associadas aos ventos nos altos níveis da atmosfera avançam do Sul em direção ao Sudeste. 

No centro-oeste e no norte paulista, as pancadas de chuva ocorrem a qualquer momento, com risco para trovoadas e eventual queda de granizo. Além disso, são esperados elevados volumes de chuva, o que aumenta o risco para transbordamentos de rios. 

Nas demais áreas, a chuva ocorre na parte da tarde, em pontos mais isolados e de rápida duração, com menor potencial para temporais ou transtornos. As temperaturas seguem elevadas na maior parte da região. Apenas no interior de São Paulo é que tempo não deixa os termômetros subirem muito.

Centro-Oeste

Nesta sexta-feira, as instabilidades avançam pelo Sudeste e as pancadas de chuva mais intensas, com risco para temporais ocorrem nas áreas de divisa de Mato Grosso do Sul com o Paraná e São Paulo. 

Nas outras áreas da região Centro-Oeste, as pancadas de chuva ocorrem de maneira isolada, principalmente na parte da tarde e são esperadas descargas elétricas. Não há expectativa para elevados volumes de chuva. As temperaturas seguem elevadas no decorrer do dia em Goiás e em Mato Grosso.

No sábado, 28, a chuva se torna mais generalizada pelo Centro-Oeste, por causa das instabilidades que avançam pelo Sudeste do Brasil. Tem previsão para pancadas de chuva em todo o Mato Grosso do Sul, Goiás e em Mato Grosso. Os maiores acumulados são esperados para a metade sul de Mato Grosso, norte de Goiás e do norte ao sul de Mato Grosso do Sul, mas com menor risco para temporais. Há condição para queda de granizo em toda região. 

Nordeste

A nebulosidade diminui em grande parte do Nordeste. Apenas na Bahia é que ainda tem nuvens espalhadas pelo interior do estado e condição para chover em pontos isolados da metade sul. Chove também de forma rápida e com baixos acumulados em toda costa leste da região e no Maranhão. As temperaturas seguem elevadas e faz calor à tarde. A umidade do ar volta a registrar valores críticos no Maranhão e no Piauí, principalmente. 

Norte

As instabilidades que avançam pelo Sul ajudam a organizar um pouco mais de umidade no oeste da região Norte. Chove a qualquer hora do dia. Mesmo assim, o sol aparece ao longo desta sexta-feira e por isso a sensação é de tempo abafado na parte da tarde. A chuva mais intensa ocorre ainda no Acre e no Amazonas. 

Fonte: Canal Rural

 

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