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Pequenos laticínios do RS devem investir R$ 130 mi até 2018, diz associação
31/08/2017 08:54 em Notícia

Mais de R$ 100 milhões teriam sido investidos em plantas, equipamentos e assistência técnica nos últimos 3 anos, de acordo com presidente de associação gaúcha

Até o ano que vem, os pequenos laticínios do Rio Grande do Sul devem injetar R$ 130 milhões no setor, conforme projeção da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do RS (Apil-RS), feita na manhã desta quarta-feira, dia 30, durante coletiva de imprensa na 40ª Expointer, em Esteio (RS). A Apil, que inaugurou nova sede no Parque Assis Brasil, onde ocorre a mostra agropecuária, informou ainda que o segmento vem investindo em média R$ 32,5 milhões por ano desde 2015. Atualmente, a entidade é responsável pela maior parte do queijo e por 18% do processamento de leite no Rio Grande do Sul.

O presidente da Apil-RS, Wlademir Dall'Bosco, disse que de três anos para cá mais de R$ 100 milhões foram investidos em plantas, equipamentos e assistência técnica nas agroindústrias associadas. "A previsão para 2018 é que cerca de R$ 30 milhões sejam injetados em 2018 por meio de projetos de desenvolvimento no setor", comentou. 

Os investimentos foram motivados, em parte, por causa da acirrada concorrência dos lácteos de países do Mercosul. Segundo Dall'Bosco, com a baixa no consumo do leite e derivados no RS, a globalização da economia e a abertura das fronteiras para o produto lácteo no Brasil, "surge a necessidade de um novo modelo produtivo na cadeia do leite", disse. Ele citou, ainda, que com a importação brasileira de leite em pó em torno de 100 milhões de litros do Mercosul houve uma queda no consumo do produto nacional, o que gerou um excedente "100% perecível", destacou. 

 

"Entra um produto importado mais barato que o nosso, o que nos força baixar o preço muito aquém ao custo de produção, que atualmente se aproxima de R$ 1 o litro", disse Dall'Bosco. "Portanto, é preciso produzir com qualidade, buscar produtividade, escala para produção do negócio e sustentabilidade no mercado, aliado à redução de custos. E, reduzir custos, só se consegue oferecendo tecnologia e genética para o produtor, juntamente com a sua capacitação", afirma.

Fonte: Canal Rural

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